Pesquisas Datafolha e Ipec mostram Lula com alta desaprovação
A desaprovação do presidente Lula subiu para 40% comparada ao último mês, segundo o Datafolha. Já o Ipsos-Ipec aponta que 55% dos entrevistados não gostam da forma como o petista istra o Brasil
A desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu, segundo duas pesquisas divulgadas nessa quinta-feira, 12, realizadas pelos institutos Datafolha e Ipsos-Ipec.
O governo tem enfrentado percalços que têm influenciado na avaliação do seu terceiro mandato. Em escândalo mais recente, as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que estourou na gestão de Lula, embora os crimes tenham iniciado ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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De modo geral, a desaprovação do presidente Lula subiu para 40% comparada ao último mês, segundo o Datafolha. Já o Ipsos-Ipec aponta que 55% dos entrevistados não gostam da forma como o petista istra o país.
Datafolha: desaprovação sobe e aprovação cai
Levantamento do Datafolha aponta que a desaprovação do governo do presidente Lula teve sua breve melhora, no mês de abril, interrompida. A pesquisa foi divulgada nessa quinta-feira, 12.
Conforme os respondentes, o governo do petista é “ruim ou péssimo” para 40%, variação de dois pontos percentuais a mais comparando com o último levantamento, em abril. A variação ocorre dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na pesquisa anterior, Lula 3 havia reagido e a taxa de avaliação caiu de 41%, registrado em fevereiro, para 38% em abril. Já a avaliação positiva ou de 24% para 29%.
Já a quantidade de brasileiros que avaliam o governo como “ótimo ou bom” variou de forma negativa, ando de 29% para 28% agora. Foram ouvidos 2.004 eleitores em 136 municípios do País entre 10 e 11 de junho.
A terceira istração do petista é avaliada, ainda, como regular por 31% dos brasileiros. A porcentagem de quem não soube ou não respondeu foi de 1%.
Ainda no levantamento, os pesquisadores perguntaram, de forma direta, se os entrevistados aprovam ou desaprovam o trabalho de Lula. Dos respondentes, 50% disseram desaprovar e 46% responderam positivamente. Outros 3% não souberam ou não quiseram responder.
Veja números
- Ruim ou péssimo: 40% (eram 38% em abril);
- Regular: 31% (eram 31% em abril);
- Ótimo ou bom: 28% (eram 29% em abril);
- Não sabem: 1% (manteve o mesmo de abril).
Metodologia
- Período em que a pesquisa foi realizada: 10 e 11 de junho
- Número de entrevistados: 2.004
- Margem de erro: dois pontos percentuais para mais ou para menos
- Nível de confiança: 95%
Ipsos-Ipec: 55% dos brasileiros desaprovam o governo Lula
Também foi realizado levantamento sobre o governo Lula 3 pelo instituto Ipsos-Ipec, igualmente divulgado nessa quinta-feira, 12. A pesquisa aponta que 55% dos entrevistados desaprovam o trabalho do petista. Já os que aprovam representam 39% dos respondentes.
Em pesquisa anterior, divulgada no mês de março, a desaprovação de como o presidente da República istra também foi de 55%, ao mesmo tempo em que a aprovação de sua gestão oscilou um ponto para baixo.
Quanto à avaliação do terceiro mandato do petista, 43% dos entrevistados responderam que classificam o governo como “ruim ou péssimo”, já 25% entendem ser “bom ou ótimo”. Para 29%, o governo Lula é “regular”. Dos respondentes, 2% não sabem ou não responderam.
Veja números
- Ruim ou péssimo: 43% (eram 41% em março);
- Regular: 29% (eram 30%);
- Ótimo ou bom: 25% (eram 27%);
- Não sabem ou não responderam: 2% (era 1%).
Levantamento por grupos
Os grupos que melhor avaliam Lula são os que votaram no petista no segundo turno de 2022 (53%), os moradores do Nordeste (38%), os menos escolarizados (36%), os que recebem até um salário mínimo (33%) e os católicos (32%).
Em contrapartida, os que mais rejeitam a gestão do presidente são os eleitores de Jair Bolsonaro (75%), os que recebem mais de cinco salários mínimos (59%), os mais instruídos (51%) e os evangélicos (50%).
A alta rejeição entre os eleitores evangélicos é um dos pontos de atenção do partido de Lula, o PT. A sigla lançou o curso “Fé e Democracia para a Militância Evangélica Brasileira”, por meio da Fundação Perseu Abramo.
Lançada no fim de maio, a formação é uma das iniciativas do PT para estreitar a relação com a comunidade evangélica, historicamente vista como uma dos pontos fracos da esquerda.
Metodologia
- Período em que a pesquisa foi realizada: entre 5 e 9 de junho
- Número de entrevistados: 2.000
- Margem de erro: dois pontos percentuais para mais ou para menos
- Nível de confiança: 95%